Objetivo: Avaliar a prevalência de PCR-u alterada e sua relação com o estado nutricional de adolescentes escolares. Métodos: Estudo transversal desenvolvido entre 2012 e 2013 nas escolas públicas de Campina Grande-PB. A amostra foi composta por 540 adolescentes do ensino médio, entre 15 e 20 anos. Foram aplicados questionários, realizada antropometria e coleta sanguínea necessária aos procedimentos do estudo. Os dados foram duplamente digitados e analisados no SPSS 22.0, adotando-se o intervalo de confiança de 95%. Resultados: Entre os estudantes, a média de idade foi de 16 anos. A maioria era do sexo feminino (66,5%), não branco (79,1%), pertencente às classes econômicas C, D e E (69,4%). Destaca-se alta prevalência de sedentarismo (79,1%) e de insuficiência na atividade física (58,9%). Com relação ao estado nutricional, a maioria era eutrófico (78,3%); 12,8% tinham sobrepeso e 4,6% obesidade. Verificou-se uma associação estatisticamente significante entre a PCR-u e o estado nutricional dos adolescentes (p=0,001); de forma que ter sobrepeso ou obesidade aumenta em 4,4 vezes as chances de ter PCR-u alterado. Conclusão: Identificamos que a PCR-u se apresentou alterada em parte dos adolescentes com sobrepeso e obesidade, o que revela uma predisposição para o desenvolvimento futuro de doenças cardiovasculares. Observou-se também, alta taxa de sedentarismo e elevação da pressão arterial, sendo estas alterações encontradas, influenciadas pelo estilo de vida adotado. Dessa forma, os altos percentis encontrados alertam para a necessidade de incentivar a adoção de um estilo de vida saudável, com detecção e intervenção precoce.