A dor é definida como uma desagradável experiência sensorial e emocional, que pode estar diretamente associada a potenciais danos do tecido. Em consequência de procedimentos, diagnósticos e do próprio tratamento dos pacientes com câncer, a maioria sentirá dor. Esta pesquisa foi realizada no Centro de Cancerologia Dr. Ulisses Pinto, da Fundação Assistencial da Paraíba, onde os dados foram coletados dos prontuários e através de entrevistas com os pacientes oncológicos. Este estudo caracterizou-se como transversal quantitativo onde foram analisados os prontuários de 27 pacientes. Os pacientes selecionados estavam sob tratamento de analgésicos e adjuvantes como farmacoterapia paliativa para tratar as síndromes dolorosas. Do total de pacientes estudados 12 (44,44%) eram do gênero feminino e 15 (55,55%) do masculino. Cerca de 82,0% dos pacientes apresentaram dor de moderada a intensa. Observou-se que 92,59% faziam uso de algum tipo de medicamento atuando na analgesia e 88,88% continham em suas prescrições alguma classe medicamentosa atuando como adjuvante. Os pacientes com dor moderada têm recebido o tramadol em associação com algum AINE, sendo assim o segundo mais prescrito.Para aqueles com dor intensa, a morfina é o medicamento mais comumente empregado. A farmacoterapia adjuvante vem sendo utilizada no intuito de proporcionar bem estar ao paciente, como: aumentar a analgesia (corticosteróides, anticonvulsivantes), controlar as reações adversas dos opiáceos (antieméticos, laxativos) e controlar os sintomas psíquicos dos pacientes (antidepressivos e ansiolíticos). A avaliação da terapia analgésica e adjuvante, através da farmacovigilância, é essencial para proporcionar o tratamento correto e melhoria da qualidade de vida dos pacientes.