O uso de plantas medicinais é comum na gestação e tal prática auto medicamentosa é perigosa, já que existem plantas abortivas que envenenam o organismo da mãe e provocam consequências graves como morte ovular, embrionária ou fetal. Objetiva-se com este estudo investigar, na literatura, se existem efeitos abortivos/teratogênicos das principais plantas medicinais utilizadas por gestantes de uma maternidade pública de Campina Grande, Paraíba. A ferramenta de pesquisa foi por meio da plataforma de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), priorizou-se os textos que tinham como assunto principal “Plantas medicinais”, “Abortivos” e “Teratogênios”, assim foram selecionados 7 estudos. As principais plantas utilizadas pelas gestantes foram Peumus boldus (Boldo-do-Chile), Foeniculum vulgare (Erva-doce), Melissa officinalis (Erva-Cidreira), Cymbopogon citratus (Capim-limão) e Matricaria recutita (Camomila). Dessas, a única espécie que não apresentou relatos de efeitos abortivos/teratogênicos e que pode ser utilizada com segurança durante o período gestacional foi a Melissa officinalis. O Peumus boldus e o Foeniculum vulgare tem suas ações adversas à gestação comprovadas por meio de estudos in vivo e in vitro. O Cymbopogon citratus e a Matricaria recutita possuem ações duvidosas e não há relatos conclusivos na literatura. Conclui-se que a automedicação com plantas medicinais é crítica durante o período gestacional, já que podem ocasionar efeitos adversos resultando em complicações na gravidez.