O acolhimento no Sistema Único de Saúde emerge na perspectiva de promover maior resolutividade e vínculo. A atenção básica apresenta-se como lócus potente para se pensar a respeito da educação permanente em saúde e o processo de construção do acolhimento, isso devido a sua proximidade com o usuário do SUS e as dificuldades encontradas no cotidiano do serviço. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo fazer uma reflexão crítica e teórica sobre a prática de acolhimento vivenciada pelos residentes da RMSFC, a fim de uma melhor compreensão sobre os processos que gerem a saúde nacional, viabilizando uma melhor formação profissional. A pesquisa trata-se de estudo descritivo, do tipo relato de experiência, construído através da vivência do acolhimento de cinco residentes vinculados a RMSFC, na USF – Mudança de Vida no município de João Pessoa-PB. O acolhimento na USF - Mudança de vida acontece de forma diversificada entre as equipes de saúde, apesar de se encontrarem em uma mesma estrutura física. Como prática compartilhada tem-se escuta qualificada executada por profissional de nível superior, a quebra da cultura de entrega de fichas e utilização de uma classificação de risco que ocorre na maioria das equipes. Após explanação dos processos de trabalho, evidenciam-se nós críticos no processo, apesar dos avanços. Há a necessidade de se implementar momentos de educação permanente mais eficientes para a reflexão e aprofundamento sobre a prática de trabalho e a participação popular deve ser incentivada com a garantia de espaços de diálogo comunidade-equipe-gestão.