Existe no Brasil uma diversidade de plantas abundante, que permite um vasto campo de pesquisa na área da fitoterapia. O uso de plantas medicinais como recurso terapêutico é uma tendência generalizada na medicina popular brasileira. Estas, além de suas propriedades curativas, são vistas como uma alternativa aos elevados custos de medicamentos convencionais. Entretanto, muitas vezes há uma difusão de informações que não condizem com as propriedades farmacológicas reais da planta. Para investigar a veracidade destas informações fornecidas pelos feirantes do município de Campina Grande, PB, foi realizado um estudo das indicações terapêuticas dadas por esses, a partir das plantas que estes comercializavam. O levantamento foi realizado por um processo descritivo e exploratório da literatura relacionando as plantas medicinais indicadas pelos raizeiros. O qual demonstrou um percentual de 86,4% de concordância entre as informações mencionadas pelos raizeiros e as contidas na literatura, demonstrando, assim, que o conhecimento popular não pode ser descartado, e mesmo não havendo estudos que comprovem essas indicações, existe a possibilidade de que estas estejam corretas, o que mostra uma perspectiva para realização de pesquisas que possam esclarecer as propriedades farmacológicas com mais veracidade sobre os benefícios destas plantas.