A Síndrome Metabólica (SM) é uma doença contemporânea associada à obesidade, aumentando riscos de doenças cardiovasculares e diabetes mellitus tipo 2. Neste contexto, a adesão medicamentosa é essencial para o sucesso do tratamento. Objetivou-se avaliar a adesão medicamentosa dos pacientes com SM atendidos na UBS, localizada no município de Cuité – PB. Tratou-se de um estudo transversal, descritivo e analítico, realizado em pacientes diagnosticados com SM, segundo os critérios do NCEP/ATPIII. Foram coletados dados socioeconômicos, bioquímicos, antropométricos e níveis de pressão arterial, com auxílio do seguimento famacoteratêutico pelo método do Pharmacotherapy Workup (PW). Para avaliação da adesão foi utilizada a escala de oito itens de Morisky (MMAS-8). Foram acompanhados 40 pacientes, a maioria do gênero feminino (80%), com faixa etária de 61 a 65 anos (47,5%), 40% com renda de até um salário mínimo e 62,5% não concluíram o ensino fundamental. O Índice de massa corpórea (IMC) médio (28,7 ± 4,6), a mediana da PA sistólica (140 mmHg) e os triglicerídeos (m = 220,1 mg/dL) foram considerados elevados de acordo com os parâmetros adotados pela NCEP/ATP III (2002). Quanto ao nível de adesão medicamentosa, 77,5% dos pacientes encontravam-se em situação de baixa (37,5%) e média (40%) adesão, apenas 12,5% dos pacientes foram considerados fortemente aderentes. Quanto à escolaridade 46,7% dos pacientes fracamente aderentes eram não alfabetizados e 53,3% cursaram ensino fundamental incompleto. A maioria dos pacientes do estudo apresentou-se fracamente ou medianamente aderentes ao tratamento medicamentoso e o nível de escolaridade mostrou associação estatisticamente significante com o nível de adesão medicamentosa.