Artigo Anais ABRALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2317-157X

O CÔMICO EM A STREETCAR NAMED DESIRE, DE TENNESSEE WILLIAMS E OTTO LARA RESENDE – OU BONITINHA MAS ORDINÁRIA E SUAS ADAPTAÇÕES

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Publicado em 19 de dezembro de 2012

Resumo

A tradição de ensino de literatura centrada no texto perpetua-se pelas academiasliterárias e departamentos nas universidades consagrando o texto como objeto primeiroe de grande valor. Com o advento do cinema, a literatura passa a fornecer argumentospara a realização de filmes. No entanto, o texto literário continua sendo sacralizadocomo o original, o primeiro, e, portanto, aquele que deve ser respeitado. Com osurgimento das adaptações cinematográficas de obras literárias surgem indagações taiscomo: o filme é fiel ao livro? O texto literário passa a ser sucumbido pelo cinema?As respostas apresentadas para essas questões costumavam apontar o cinemacomo o grande vilão que corrompe o texto literário. Nota-se a hibridização entre odiscurso das relações amorosas e o discurso da crítica literária. As adaptações são vistascomo infiéis ao texto, e o cinema é depreciado diante da literatura.Talvez se possa dizer que essa reação negativa diante das adaptaçõescinematográficas faça parte de um estágio de desestabilização de paradigma sobre oentendimento do conceito de originalidade nas sociedades modernas e pós-modernas.Portanto, críticos literários, professores e alunos de literatura podem sentir-seameaçados pelo novo e tendem a supervalorizar o conceito tradicional que configura otexto-fonte como parâmetro de originalidade e fidelidade.Aumont (2006, p.25) escreve que no século XIX, também houve um similarprocesso de depreciação pelo teatro porque esse fazia uso de textos literários na maiorparte de seus espetáculos, e não lhe era fiel. Na concepção da crítica da época, aliteratura era imediatamente superior ao teatro, que era considerado ate então uma artedas massas. Aumont (2006, p.24) escreve que é difícil não sorrir ao saber que o mesmocomentário acolheria o cinema, quando se dizia que este último era distração de umpovo estúpido.Apesar dos comentários negativos quanto às adaptações cinematográficas, ocinema continuou a fazer uso de argumentos literários. Aumont (2006, p.44) contabilizaque de 1910 até 1915 Dickens foi adaptado quinze vezes; Shakespeare, treze vezes,Dumas, onze, Longfellow nove vezes, por exemplo. E ainda hoje filmes com sucessonas bilheterias, e/ ou ganhadores de prêmios costumam ser adaptações de obrasliterárias. Seja o público conhecedor do texto-fonte, ou não.Objetiva-se nessa comunicação ir além do parâmetro da fidelidade e analisar asadaptações cinematográficas de Tennessee Williams e Nelson Rodrigues como textosconstruídos colaborativamente sob a ótica do cômico. Os filmes escolhidos para análise foram ‘A Streetcarnamed Desire’ dirigido por Elia Kazan em 1951, e ‘Bonitinha, mas ordinária’ dirigidopor Braz Chediak em 1981. Sob essa perspectiva, as adaptações serão comparadasatravés do parâmetro da comicidade que subverte o drama nas adaptações, e nos textos-fontede A Streetcar named Desire de Tennessee Williams, e Otto Lara Resende -, ou Bonitinha, mas ordinária de Nelson Rodrigues.Para tanto, será necessário a compreensão do que se entende por adaptação, eque escolhas teóricas sustentam a análise de filmes feitos com argumentos literários. Um dos desejos inerentes a essa comunicação é o de estimular e instigar a relação entre as adaptações literárias dentro do espaço de sala de aula de literatura com o propósito de promoção de letramento literário. Pois, nota-se que a sociedade atual é dominada por presenças imagéticas ao mesmo tempo em que vive-se uma crise de leitura.

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