Introdução: A hipertensão arterial sistêmica é uma das doenças crônicas que mais acomete idosos, ocasionando diversas complicações, tornando-se um problema de saúde pública. É caracterizada pela elevação dos níveis da pressão arterial, apresentando a pressão arterial sistólica igual ou maior que 140mmHg e/ou pressão arterial diastólica a 90mmHg, em indivíduos sem uso de anti hipertensivos. O estudo objetivou-se analisar o conhecimento de idosos atendidos na estratégia de saúde da família acerca da hipertensão arterial sistêmica. Metodologia: O estudo foi realizado por meio de uma pesquisa descritiva, exploratória com abordagem quantitativa, mediante aplicação de formulário objetivo que compreendeu variáveis de caracterização social do idoso e da compreensão acerca da patologia, com uma amostra de 30 idosos. Os dados foram coletados nos meses de agosto à outubro de 2013 após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Resultados e Discussão: Dos 30 idosos abordados na pesquisa, grande parte 53,33% (16) era do gênero feminino e 46,67% (14) masculino. Destes, 33,33% (10) estavam com idade entre 60 à 70 anos, enquanto 20% (6) apresentavam-se com mais de 75 anos ao passo que 13,34% (4) tinham de 71 e 75 anos. Pôde-se identificar que 60% (18) possuem ensino fundamental, e 53,33% (16) possuem ocupação. As condições socioeconômicas e escolaridade constituem fatores de risco a não adesão ao tratamento medicamentoso, bem como com a dificuldade em compreender as orientações dos profissionais. Foi identificado que 70% (21) receberam o diagnóstico a mais de 02 anos. O diagnóstico precoce contribui para o controle da hipertensão arterial, devendo os profissionais de saúde estabelecer ações e busca ativa para prevenir suas complicações. 53% (16) relataram que não foram orientados sobre a patologia; 34% (10) foram orientados e 57% (17) não conheciam as complicações existentes. É preciso que se enfoque bastante nas orientações prestadas, e que essas sejam repassadas de forma simples, adequada ao nível de conhecimento de cada idoso a fim de facilitar a adesão as mesmas. De acordo com a entrevista 63% (19) afirmam que foram orientados em relação aos hábitos alimentares e 37% (11) negaram essas orientações. Relacionado a atividade física 57% (17) referiram não receber nenhuma orientação. Os fatores de vida modificáveis são de extrema importância, no entanto, a desinformação a seu respeito ainda é grande entre população da amostra. A avaliação ao atendimento da consulta de enfermagem predominou 73% (22) como boa, 20% (6) excelente e 7% (2) regular. Conclusão: Os resultados demostraram que os idosos apresentaram conhecimento deficiente sobre a hipertensão arterial sistêmica, quantos aos cuidados necessários como a mudança no estilo de vida, da prática de exercícios físicos e das complicações oriundas da mesma. Diante disso há a necessidade dos profissionais estabelecerem ações que permitam o diagnóstico precocemente, bem como o controle da hipertensão arterial sistêmica e suas complicações, de forma a favorecer a adoção de comportamentos saudáveis e a qualidade de vida na terceira idade.