INTRODUÇÃO:A população idosa vem crescendo em diferentes regiões do mundo, detectando-se variações na velocidade desse crescimento. Diante o envelhecimento da população, a abordagem de temas relativos à terceira idade torna-se cada vez mais relevantes, sendo que uma das consequências do envelhecimento, é a diminuição do desempenho motor na realização de suas AVDs, o que leva entretanto os idosos a se tornarem necessariamente dependentes de outros.
A independência funcional surge como um novo componente na saúde dos idosos, e particularmente útil no contexto do envelhecimento, porque envelhecer mantendo todas as funções não significa problema para o indivíduo ou sociedade, o problema se inicia quando as funções começam a se deteriorar. O presente estudo teve como objetivo traçar o grau de independência dos idosos do Município de Campina Grande – PB. METODOLOGIA:A pesquisa foi realizada segundo uma abordagem quantitativa, através de estudo descritivo transversal. OS critérios de escolha do local da pesquisa foram: Delimitação da área geográfica com equipes da Estratégia Saúde da Família e Unidades Básicas de Saúde (UBS).Os dados foram obtidos em um só momento, através de visitas domiciliares, previamente agendadas de acordo com a disponibilidade dos idosos. Os dados foram analisados através do aplicativo SPSS (Statistical Package for the Social Science) for Windows versão 18.0. Os resultados foram desenvolvidos por variáveis quantitativas que foram analisadas empregando-se medidas de tendência centrais (média e mediana) e de dispersão (desvio padrão). Para determinar significância estatística utilizou-se o teste Qui-quadrado, onde o p-valor < ou igual a 0,005 determinando a significância estatística. O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Estadual da Paraíba, processo n° 0254.0.133.000-10. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A MIF Motora total teve uma relevância considerável, no que se refere a Independência funcional dos idosos, sendo que a independência completa totalizou 80,2%, a independência modificada 12,48% e a dependência 7,50%. Estes dados determinam uma prevalência de Independência funcional de 92,5% nos 384 idosos da pesquisa. CONCLUSÃO: A independência funcional na realização das tarefas diárias é uma parte importante no que se refere à qualidade vida do idoso. Embora exista um olhar de incapacidade voltado para a pessoa idosa, o presente estudo mostrou que os idosos vinculados às UBSs dos 6 distritos de Campina Grande-PB, apresentaram um maior grau de independência funcional. Descreveu ainda, que a tarefa mais difícil de ser executada pelos idosos sem ajuda ou auxílio de terceiros seria a de locomoção e subir/descer escadas, embora ainda sejam independentes. Neste sentido pode-se afirmar através deste estudo, que a população idosa deste município, mantém sua independência funcional, o que determina a esta população uma melhor qualidade vida e autonomia na execução de diversas tarefas do cotidiano.