O envelhecimento mundial é tido como um fenômeno de bastante crescimento nas últimas décadas. O Brasil é um exemplo de país em desenvolvimento que demonstra essa vertente de crescimento como um processo bastante significativo. Com isto, faz-se necessário traçar estratégias para desenvolver políticas que melhorem e adequem essa parcela da população a uma boa qualidade de vida. O uso de medicamentos utilizados pelos indivíduos acima de 60 anos é um fator de grande preocupação, pois, em sua maioria são consumidos três ou mais medicamentos e como conseqüência a isto, a possibilidade de ocorrência de interações medicamentosas. Visou-se a partir disto, traçar prospecções e análises do perfil farmacoterapêutico de um grupo de pacientes idosos, utilizando como principal instrumento a Assistência Farmacêutica, que visa promover o uso racional de medicamentos, além da educação farmacêutica que representa um componente imprescindível como estratégia de atenção a saúde. Podendo assim, efetivar o tratamento medicamentoso, além de erradicar, minimizar ou evitar aparecimento de efeitos colaterais ou interações medicamentosas por vezes fatais ou ainda irreversíveis. Tratou-se de um estudo observacional exploratório realizado entre agosto de 2014 a junho de 2015. Estiveram inclusos todos os pacientes cadastrados em uma UBSF que continham acima de 60 anos. Os idosos utilizaram o total de 266 medicamentos, resultando em uma media de 3 por indivíduo e destes, os mais utilizados foram os de uso para doenças crônicas, representados por Hidroclorotiazida (16,9%), Metformina (10,1%), Losartana (10,5%), Captopril e Enalapril (10,1% e 6% respectivamente), Anlodipino (7,9) e Ácido Acetilsalicílico (7,5%). Os pacientes foram orientados frente à sua terapia medicamentosa e os possíveis danos provenientes de interações medicamentosas, do não cumprimento da sua farmacoterapia ou ainda da utilização irracional dos medicamentos, puderam ser evitados, minimizados ou ainda erradicados, permitindo total adesão dos pacientes à sua terapia.