Para o IBGE, no Brasil, em 2010, o número de idosos de 60 anos ou mais de idade, superava o de crianças de menos de cinco anos em 17,9% e cada região brasileira apresentava características distintas em relação ao seu envelhecimento, mas todas as regiões denotavam que esse processo é notório e crescente. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) até 2025, o Brasil será o sexto país do mundo com o maior número de pessoas idosas, com uma projeção de mais de 34 milhões de idosos no ano citado, e em 2050 serão 64 milhões de idosos, 29,7% da população total, mais que o triplo do registrado em 2010. O aumento da expectativa de vida que vem se ampliando ao longo dos anos, fez com que a imprensa, os programas e projetos sociais e governamentais e, a sociedade em geral, cada vez mais se voltasse para a terceira idade, alguns fatores contribuíram para que um novo olhar sobre o envelhecimento fosse possível, no entanto, ainda podemos ver a figura da pessoa idosa sendo vítima de exclusão e violações de direitos e cada vez mais demandando atendimento no que tange aos aspectos psicológicos, físicos e, principalmente, sociais. Se partirmos do ponto que no início do século XX a expectativa de vida do brasileiro não chegava aos 40 anos e, em 2010 (IBGE), essa expectativa é de 73,1 anos, podemos constatar o avanço obtido, por isso o aumento da esperança de vida é considerada uma conquista por toda a sociedade. Mas, na verdade, essa conquista representa também, um grande desafio, sobretudo, quando analisamos as implicações socioeconômicas, a integração do idoso à sociedade, e a preparação desta sociedade para lidar com a questão do envelhecimento e suas consequências. Não se pode esquecer também dos cada vez mais frequentes abusos no âmbito familiar, onde, muitas vezes são omitidos tanto pelo agressor, quanto pelo agredido. Entre estes abusos se configuram a violência física, financeiras, psicológica, nutricional e sexual, assim como a violação aos direitos e o não atendimento às suas necessidades básicas o que se caracteriza negligencia. Dessa forma, o simples processo de envelhecer pode ser considerado nos dias atuais um dos maiores desafios tanto para a sociedade, quanto para o Estado e para a família. Curiosamente pela legislação quem deveria proteger é quem agride, viola, desrespeita, e exclui. O presente trabalho visa provocar um debate em torno da exclusão social vivenciada pelo cidadão idoso e a necessidade do preparo para o enfrentamento e mudança dessa realidade. Na construção deste, foi realizada uma pesquisa bibliográfica no intuito de realizar um levantamento quanto ao preparo para o processo de envelhecer e as violações e violências sofridas pela pessoa idosa que apontam a exclusão social vivenciada e a necessidade da mudança de paradigmas na construção de uma nova realidade menos desumana e mais inclusiva para a terceira idade.